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EDITORIAL
EDITORIAL

A COPA DO MUNDO E AS FÉRIAS DE 2014 

 Todos os empresários do litoral, notadamente do sul do país, estão apreensivos com a próxima temporada.

   Segundo os colégios vem alertando, as próximas férias escolares devem ir de 10 de dezembro a 15 de janeiro e não como sempre foi, ou seja, até 10 ou 15 de fevereiro, a razão é muito simples: a redução de dias será compensada em julho, quando as férias que normalmente são de 15 dias, deverão se prolongar por todo o mês de julho. Razão: a Copa do Mundo.

   Na verdade a safra dos empresários que atuam no litoral é justamente no período 20 de dezembro até a quarta-feira de cinzas, que no próximo ano será dia 5 de março. Bem sabemos que mesmo as aulas começando em 10 ou 15 de fevereiro esvaziaria um pouco o litoral, mesmo assim oportunizaria na semana de carnaval um final feliz para os empresários. Porém, se as aulas começarem dia 15 de janeiro, praticamente o mês de fevereiro será totalmente perdido.

   A grande mídia tem divulgado constantemente os escândalos de superfaturamento nas obras dos estádios, e a gastança enorme em nome da Copa do Mundo. Enquanto isso o povo está morrendo na porta dos hospitais, sem UTI, sem leitos, sem medicamentos, sem a mínima estrutura para atender os doentes

   Médicos? A solução foi buscar fora, notadamente em Cuba, para atender doentes que se forem atendidos, deverão esperar por seis meses ou mais para fazer exames e se viverem até lá. O problema não é só de médicos é de estrutura hospitalar e laboratorial.

   Agora, em nome da mesma Copa do Mundo, os empresários do turismo no litoral, deverão amargar um curtíssimo período de férias, que mal dará para cobrir suas despesas operacionais, sem falarmos no retorno de investimentos.    

   É uma balela pregar que os turistas poderão visitar nossas praias quando vierem para a Copa. Acredito que isso possa ocorrer no nordeste, e o sul como vai ficar?

   Quando me refiro ao sul, estou falando de São Paulo até o Rio Grande do Sul, quando em julho o inverno é rigoroso.

   Esqueceram os “competentes” organizadores da Copa, que a maioria das famílias do sul, deixa seus lares para curtirem as merecidas férias na praia com seus filhos, justamente entre dezembro e fevereiro.

   Há empresários que já cogitam nem abrir as portas por apenas trinta dias.

   Mais uma vez estou constatando que a incapacidade de organização, a falta de planejamento, e acima de tudo o desrespeito pelos empresários se faz presente. Afinal de contas devemos pensar que empresários só servem para pagar impostos e sem o mínimo de retorno.

   Para os políticos está tudo bem. Para eles corrupção e roubo do dinheiro público são sinônimos de esperteza e inteligência, burros é os que não têm a oportunidade de desfrutar um cargo público, preferentemente um cargo em comissão para dirigir os feitos da Copa do Mundo.

 

J.M.Cordeiro

Editor